Ainda na cama do hospital, o paciente deverá fazer alguns exercícios para diminuir o edema e a dor causados pela cirurgia e também, para facilitar a circulação sanguínea, prevenindo a trombose venosa.
Atenção! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
1 - Movimentação do Pé:
Puxar a ponta do pé no sentido do joelho e depois no sentido contrário.
Repetir 20 vezes.
2 - Contração de Quadríceps:
Pressionar a cama com a parte de trás do joelho, manter 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes.
3 - Contração de Glúteos:
Contrair os glúteos, manter 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes.
4 - Elevação da Perna Estendida:
Com o joelho da perna operada, totalmente estendido na cama, elevar a perna, manter alguns segundos e descer.
Repetir 10 vezes.
Outros exercícios podem ser feitos para recuperar a força, acelerando a recuperação do paciente.
Para realizá-los, o paciente deverá ficar em pé e apoiar as mãos em estrutura firme.
1 - Flexão de Quadril:
Aproximar o joelho da perna operada do tórax, mas sem permitir um ângulo menor que 90º, entre sua perna e o seu tórax.
Descer a perna e repetir o exercício 10 vezes.
2 - Elevação Lateral da Perna:
Erguer lateralmente a perna operada, afastando-a da outra perna. Certificar-se de que quadril, joelho e pé fiquem virados para frente, o tempo todo.
Voltar a perna para a posição inicial e repetir o exercício 10 vezes.
3 - Elevação Posterior da Perna:
Levar a perna operada para trás e apoiar uma mão na parte inferior das costas, para não forçar a coluna.
Voltar para a posição inicial e refazer o exercício 10 vezes.
Para sentar, o paciente deve se aproximar de uma cadeira firme, alta e com apoio para os braços, manter a perna operada estendida e sentar-se devagar sem inclinar o tronco para frente. Para levantar, o processo é o inverso; apoiar os braços no apoio da cadeira, manter a perna operada estendida e levantar-se também sem inclinar o tronco.
Para andar com o andador, o paciente deve ficar em pé na frente dele, movê-lo um pouco para frente, levantar a perna operada, para que o seu calcanhar encoste no chão antes do restante do pé. Dar um passo com a perna não operada e começar o processo novamente.
Após algumas semanas, o andador é substituído por uma muleta ou por uma bengala, até a recuperação da força muscular e do equilíbrio.
A muleta ou a bengala, habitualmente, fica no braço contrário ao quadril operado.
Os passos devem ser curtos e o paciente, ao se virar, deve tomar cuidado para não torcer o quadril.
Orientações para o dia a dia, em casa:
• Banho: O banho deve ser sentado e a perna deve ser mantida estendida. Por não poder encostar as mãos nos pés, deve-se usar uma escova longa para auxiliar o banho.
• Trocar de Roupa: Para evitar a flexão excessiva do tronco, o paciente precisará de ajuda para colocar a meia e o sapato.
• Sentar no carro: O assento do carro deve estar posicionado totalmente para trás. Sentar-se devagar, sem inclinar o tronco. Escorregar para trás, numa posição semi inclinada, levando o corpo e as pernas para dentro do carro.
• Subir e descer escadas: Para subir comece com a perna boa e para descer inicie com a perna operada.
No primeiro mês em casa, o paciente deve seguir as orientações que recebeu no hospital, manter os exercícios e as técnicas para sentar, levantar, deitar, subir e descer escadas, etc. As atividades do paciente devem ser aumentadas gradualmente, para obter o máximo de independência possível.
Do segundo ao sexto mês em casa, para continuar ganhando força e resistência, deve-se aumentar a freqüência dos exercícios e andar distâncias maiores; a marcha deve ter descarga de peso igual nos dois membros, o tempo dos passos deve ser similar nas duas pernas e o calcanhar deve tocar o chão antes de apoiar todo o pé em ambas as pernas.
Nesta fase, o paciente deve voltar a dirigir e retornar a algumas atividades físicas, como natação. O incômodo causado pela cirurgia deve diminuir, trazendo melhores resultados nas atividades realizadas no seu dia a dia.
Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1982), estagiou na Santa Casa de São Paulo, no Departamento de Ortopedia e Traumatologia ( Fev à Julho 1986), atuou como médico integrante do Corpo Clínico na área de Oncologia Ortopédica do Hospital Erasto Gaertner (1986 à 1991), realizou seu mestrado (1998) e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (2006). Atua como Chefe do Ambulatório de Ortopedia do Hospital de Clínicas de Curitiba à 16 anos, atende nos Hospitais Marcelino Champagnat e São Vicente em Curitiba. Atua especialmente na área de Cirurgia para colocação de Próteses de quadril , joelhos e pacientes portadores de hemofilia.
Para ler Currículo completo, CLIQUE AQUI.A Artroplastia total do quadril é um procedimento ortopédico muito comum.
A prótese de joelho, cientificamente chamada artroplastia de joelho, consiste na colocação de uma peça artificial como substituição da articulação que o indivíduo possui.
Ainda na cama do hospital, o paciente deverá fazer alguns exercícios para diminuir o edema e a dor causados pela cirurgia.
Sabe-se que a cartilagem articular lesada é de potencial de cicatrização muito limitado. Isso se deve às propriedades do tecido cartilaginoso.